De Estagiário a CEO: Lições de uma Jornada Real – Episódio 02
No episódio 01 da nossa série contei para vocês detalhes de como escolhi fazer o curso de Ciência da Computação.
Quem não leu ainda, vale a leitura:
De Estagiário a CEO: Lições de uma Jornada Real – Episódio 01
No Episódio 02 vou contar como foi minha experiência após entrar na faculdade, antes ainda de conseguir minha primeira vaga de estágio, e compartilhar alguns insights que podemos tirar desses momentos que vivi.
Não sei como está hoje, mas passar em Ciência da Computação em uma Federal (UFES) em 2003, não era algo fácil.
Mesmo estudando literalmente 10 horas por dia (contados em um caderno que tinha), eu passei na posição de número 37 das 40 vagas existentes.
Nuss… Foi por pouco em…
Isso é muito louco, por 3 pessoas (1 questão provavelmente), eu não tive que estudar mais um ano inteiro para poder tentar passar novamente já que faculdade particular na época não era uma opção ($$$).
Olha o adianto de um ano de vida que tive. Aquelas 10 horas por dia estudando, se fossem 6 horas ou 7 horas por dia poderiam ter me custado mais um ano estudando tudo novamente.
Insight: As vezes você vai ter que “sofrer” um pouco. Abrir mão de alguns momentos com amigos, para poder conquistar seus objetivos.
Isso valeu para meu vestibular, mas usei essa mesma estratégia na minha carreira de DBA e depois para fundar a Power Tuning (contarei esses relatos em episódios futuro da série).
Deixei de pagar mais um ano de cursinho e lá na frente comecei a receber $$$ um ano mais cedo quando comecei a trabalhar. Essa foi a recompensa financeira desse ano de dedicação total ao pré-vestibular. Muita coisa!!!
Passando no vestibular, chega o dia de entrar na Universidade Federal do Espirito Santo.
Imagina eu, que ainda não tinha computador em casa, chegando num curso onde algumas pessoas já até trabalhavam na área. Sofri um bocado até pegar o ritmo deles.
Meus pais fizeram o esforço deles e conseguiram comprar um computador assim que passei. Muito Obrigado!!!
Nas matérias de matemática e física (que existem até demais em um curso de computação) eu me virava bem já que para passar no curso tinha que ser bom em exatas.
Agora, nas primeiras matérias de computação, de começar a programar, fazer trabalhos, eu passei um aperto grande.
Se não fossem algumas duplas de trabalho na faculdade, eu certamente teria problemas em algumas entregas. Eles não devem ter curtido muito, mas infelizmente, os trabalhos dependeram mais deles do que de mim. E não to falando por falta de esforço, mas porque para mim era bem difícil mesmo naquela época. Nunca tinha visto nada disso antes.
Lá pelo quinto período de faculdade eu comecei a me sentir mais confortável com as matérias de computação e já conseguia me virar mais sozinho. Esse foi meu tempo de pegar o ritmo.
Universidade Federal, professores jogavam a matéria na aula daquele jeito, você tinha que se virar por sua conta. Lembro que no quinto período, na matéria de Sistemas Operacionais, o material era 100% em inglês. O Fabrício daquela época não manjava de inglês ainda. Tive que aprender na marra.
Insight: Eu fui um bom DBA tecnicamente, conquistei meu espaço nessa área. Mas não nasci sabendo e nunca fui gênio de TI como podem ver nesse relato aqui. No meu caso foi mais esforço do que talento. Passei longe de ser o Neymar da computação.
Não se coloque tanta pressão se você está demorando para aprender algo ou se tem alguém que faz a mesma coisa que você e está voando do seu lado.
Siga no seu tempo de aprendizado. Faça o que está no seu alcance, que e ter a escolha de se esforçar um pouco mais já que tem um GAP de aprendizado para seu fechado.
Na faculdade tinham pessoas que voavam nas matérias de progamação nos primeiros períodos e eu passava um aperto. Eles passavam com 9 e 10 nas matérias e eu com 6 e 7. Mas com o tempo e muito esforço, comecei a entrar no ritmo e segui bem no curso.
No quinto período da faculdade foi quando fui em busca do meu primeiro estágio.
Consegui um estágio de suporte de infra onde fiquei por 3 meses até trocar para outro estágio na Dacasa Financeira, estágio esse que definiu o rumo da minha história.
Mas aí é papo para o terceiro episódio da série de estagiário a CEO.
Se já passou dessa fase de faculdade, encaminhe esse relato para seu filho que vai entrar ou já está na faculdade.
A lição desse episódio é que a maioria das pessoas não nasce sabendo. A maioria aqui do Linkedin já passou algum aperto na vida (reprovações) até conseguir ser o profissional de sucesso que é hoje.
O sucesso que o Linkedin mostra hoje, não tem detalhes dos perrengues que esses profissionais passaram até chegar onde estão hoje. Esse é o motivo de escrever essa série. Dar mais detalhes da minha carreira que ainda não tive a oportunidade de contar.
Claro que existem alguns poucos casos a parte, como o Fabiano Neves Amorim e Rodrigo Ribeiro Gomes, que são dois “malucos de TI” que tenho a oportunidade de conviver e trabalhar aqui na Power Tuning. Certamente eles ralaram muito para chegarem no nível que estão, mas esses dois aí já vieram com um Chip extra na cabeça que eu não conseguiria alcançar nem estudando o triplo do que eles estudaram (rsrs).
Comentem aí com mais alguns exemplos de vocês para enriquecer o conhecimento desse material.
Quais apertos ou reprovações já passaram na vida profissional até conseguirem se tornar esses profissionais de destaque que são hoje?
Até o episódio 03 da série De Estagiário a CEO: Lições de uma Jornada Real
Espero que tenham gostado.
Fabrício Lima,
CEO e fundador da Power Tuning